Notícias das Escolas Champagnat | Postado em: 1 novembro, 2022

Entenda como a tecnologia pode se tornar uma aliada no incentivo à leitura

Fomentar o gosto pela leitura é uma das grandes preocupações dos pais quando o assunto é educação. E não é à toa; afinal, essa prática amplia o vocabulário, melhora a qualidade da escrita, estimula a reflexão sobre o mundo e o entendimento dele. Muitas vezes, a tecnologia é encarada como uma vilã no processo de criação do hábito de ler, mas ela pode ser uma aliada valiosa para os pais e professores que querem incentivar o gosto pelos livros.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), em 2021 a venda de livros aumentou 33% em relação a 2020, com mais de 43 milhões de exemplares comercializados. A leitura por meios eletrônicos também cresce no país: de 2019 para 2020, as editoras brasileiras com conteúdo digital (e-books, audiolivros e outras plataformas) cresceram 36%, movimentando R$ 147 milhões. 

Formar bons leitores é um dos desafios da educação, principalmente com a “concorrência” com os tablets, smartphones e redes sociais pela atenção das crianças e adolescentes. Mas as gerações mais novas são nativos digitais, um termo que caracteriza os jovens que nascem em uma realidade com o amplo uso das tecnologias digitais, e a tecnologia está em suas vidas para ficar.

“Para uma aprendizagem criativa, cabe aos pais e à escola se aproveitarem de diferentes ferramentas e formatos. Na pandemia, por exemplo, as plataformas digitais se mostraram uma forma de manter o processo educativo e intensificar o uso da tecnologia no ambiente escolar; o mesmo pode ocorrer com a leitura”, explica Thiago Rafaeli, diretor da Escola Champagnat de Adamantina. 

Estes são alguns dos motivos pelos quais a tecnologia pode ser uma aliada no incentivo à leitura.

  1. Ambiente literário virtual 

Não é apenas no formato que a leitura pode estar inserida no ambiente digital. As redes sociais e comunidades virtuais são boas ferramentas para cativar leitores, principalmente entre os adolescentes. No Instagram e no TikTok, por exemplo, os Bookstagrammers e BookTokers fazem sucesso como influencers que falam sobre livros. Com resenhas, análises, trends e indicações, eles ajudam os jovens a se interessarem por um gênero ou autor.

Outra manifestação interessante são os clubes do livro que ocorrem de forma on-line. Unidos em uma comunidade, os leitores podem aprender mais sobre as obras de seu interesse, além de poderem ter acesso às diversas opiniões dos outros participantes durante as conversas, o que enriquece a visão de mundo.

  1. Encontrar suas preferências literárias

As plataformas digitais também podem ajudar os jovens a descobrirem quais são seus gêneros ou tipos de narrativas preferidos, pesquisando sobre eles e tendo acesso às opiniões e comentários de outras pessoas. Isso é importante para fortalecer o hábito da leitura, já que, como apontado pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2020), o gosto é o principal fator levado em conta por leitores de 5 a 17 anos na hora de escolher um livro.

  1. Variedade que não ocupa espaço

Os equipamentos para o consumo de livros digitais e audiobooks armazenam dezenas de livros sem ocupar o espaço que tomariam de uma estante, por exemplo, permitindo o consumo de um maior número de obras literárias. Além disso, podem ser usados de variadas formas: é possível explorar bibliotecas digitais, usar aplicativos de contação de histórias e pesquisar de forma rápida as palavras desconhecidas das obras lidas.

  1. Integração à rotina

Embora não sejam substitutos dos livros impressos, os e-books e audiolivros possuem alguns atrativos em relação a eles. Poder carregar um dispositivo leitor de e-book em uma bolsa pequena para qualquer lugar ou escutar um audiolivro enquanto realiza outras tarefas podem ajudar a consolidar a leitura como parte integrante da rotina.

  1. Diversificação de métodos na escola

Quando os livros são trabalhados na escola, é possível usar a tecnologia para diversificar as atividades realizadas e promover a aprendizagem criativa. Alguns exemplos são pedir para que os alunos adaptem o conteúdo da obra para um vídeo no formato de TikTok, trabalhar a história de uma forma gamificada ou então propor um blog em que eles publiquem suas análises sobre os livros abordados em sala de aula.

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